Yahya Sinwar, líder do grupo terrorista Hamas e mentor da invasão a Israel, foi morto em uma ação israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na noite de quarta-feira (16). A morte de Sinwar, de 61 anos, foi confirmada nesta quinta-feira (17) por um oficial de Israel à TV estatal Kan 11. Outra fonte também corroborou a informação à rede Sky News Arabia. A operação, segundo a imprensa israelense, foi um “encontro acidental” durante uma patrulha de rotina, na qual as Forças de Defesa de Israel confrontaram três terroristas, incluindo Sinwar.
Apesar de não haver uma operação especial em andamento, o confronto resultou na eliminação de Sinwar e seus dois comparsas. Relatos indicam que o grupo carregava grandes somas de dinheiro, granadas e carteiras de identidade, sugerindo que poderiam estar envolvidos em atividades ilícitas. A notícia da morte de Sinwar foi recebida com entusiasmo por autoridades israelenses. Um importante ministro do governo de Israel afirmou que este era um “dia para fechar contas” e enviou uma mensagem clara aos terroristas, declarando que seriam perseguidos até seu último dia.
Yahya Sinwar foi o principal mentor da invasão do Hamas ao território israelense em 7 de outubro deste ano, um ataque que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 250, muitas das quais ainda permanecem em Gaza. Sinwar, que assumiu a liderança do Hamas após a morte de Ismail Haniyeh em uma explosão em Teerã no fim de julho, era uma figura central no planejamento das operações terroristas do grupo.
O paradeiro de Sinwar era desconhecido nos últimos meses. Recentemente, o jornal britânico The Times informou que capturá-lo ou assassiná-lo era uma missão extremamente difícil, pois ele estava frequentemente rodeado de explosivos e reféns israelenses. No entanto, o Exército de Israel garantiu que não havia reféns no edifício onde ocorreu o confronto que resultou na morte do líder terrorista.
Yahya Sinwar tinha um longo histórico de crimes e violência. Conhecido como o “Açougueiro de Khan Younis” por sua brutalidade, Sinwar passou 23 anos em uma prisão israelense, após ser condenado em 1988 por uma série de assassinatos e atividades terroristas. Em 2011, ele foi libertado como parte de uma troca de prisioneiros e, desde então, voltou a ocupar posições de destaque na organização, comandando operações no enclave palestino.
A morte de Sinwar representa um golpe significativo para o Hamas, que tem estado em confronto com Israel desde a escalada do conflito em outubro. Seu assassinato pode desestabilizar a liderança do grupo no curto prazo, criando uma brecha no comando e possivelmente dificultando as ações coordenadas do Hamas contra Israel.
Israel tem intensificado suas operações em Gaza nas últimas semanas, em resposta aos ataques do Hamas. O governo israelense deixou claro que a eliminação de figuras-chave como Sinwar faz parte de sua estratégia de desmantelar a capacidade operacional do grupo terrorista. Esta abordagem visa tanto neutralizar ameaças imediatas quanto enfraquecer o comando central do Hamas.
Com o desfecho da morte de Sinwar, Israel envia uma mensagem clara de que continuará suas ações contra o Hamas até que o grupo seja neutralizado por completo. Ao eliminar seu líder, o governo espera reduzir a capacidade do Hamas de continuar com suas operações terroristas, buscando restaurar a segurança na região.
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